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  1. Minha Vó

    sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

    Quando comecei a falar. Há alguns anos atrás. Disseram-me que o nome de minha vó era Zezita. Aprendi. Lembro até de rirem de mim na escola. Um dia a professora pediu que a turma dissesse palavras que começassem com a letra Z, eu não hesitei “Zezita, tia”. Risos.  Porém anos depois corrigiram e me contaram que na realidade era Josefa Pereira do Nascimento. Porque o padre não aceitou batiza-la com Zezita. Comecei a usar isso a meu favor, quando queria puxar algum assunto, em uma roda de adultos, eu dizia “sabia que o nome de verdade da minha vó é Josefa?”.  Na igreja também, quando tinha uma lista sobre qualquer coisa e tinha lá “Josefa”, as pessoas se perguntavam, “quem é essa?”. Eu rapidamente respondia: “É a minha Vó”.

    Mas ai, quando tudo parecia estar estabelecido. Minha Vó resolveu voltar a assinar o nome de solteira, já que havia se divorciado legalmente do meu avô. Voltando a se chamar, Josefa Pereira de Oliveira. Ufa, agora ela parou. Não tem mais para onde correr.

    Mesmo minha vó tendo “muitos” nomes, eu sempre a chamei e a chamarei de uma forma. MINHA VÓ. Ela tem mais netos sim, cinco. Mesmo assim, ela é minha vó. Não sou possessiva, fui criada assim. Minha mãe é minha mãe e minha vó é minha vó.

    Minha vó é aquela senhora que não admite cabelos alvos, que se perfuma toda antes de sair de casa, passa muitos hidratantes, é costureira, cozinha bem a beça, se estressa quando ninguém faz o que ela pede (na hora que ela pede), é paraibana, mesmo vivendo há 50 anos no Rio de Janeiro não perdeu o sotaque, sempre da aquele "cinco reais emprestado" aos netos (mesmo eles tendo 20 anos), faz um pão na chapa ou uma tapioca a hora que você pedir, já disse 427 milhões de vezes que nunca mais faria uma roupa para um neto, já que eles não usam. Obrigada “minha vó” por não desistir de mim, e insistir todo domingo de manhã para eu levantar. Minha vó é aquela senhora que vale a pena diminuir o passo para acompanha-la. 

  2. Sim, eu sou jornalista!

    terça-feira, 6 de dezembro de 2011

         Vontade gigante de escrever, mas sem saber o que. Isso deve ser algum tipo de doença, sei lá. Neste exato momento eu passaria horas escrevendo. E o assunto, cadê? O tema? Não tenho. Queria escrever alguma coisa para o Brigadeiro de Cetim, ou até mesmo para o Assuntos Crônicos, mas para minha frustração não tenho nenhuma história, ou comentário. Muito frustrante isso.

          O que estou fazendo agora? Pergunta que as pessoas do mundo todo têm respondido milhões de vezes por dia.  Assistindo no youtube o ultimo JN com a Fátima Bernardes. Apresentaram uma retrospectiva jornalística dela e da Patrícia Poeta.  Vendo esse resumo que mesclou a vida das duas jornalistas com os acontecimentos que marcaram o mundo, sem exageros, me da certeza que fiz a escolha certa! Em fazer e viver de Jornalismo. A vontade de estar contando a história e vivendo de perto grandes momentos da nossa história é algo que me move de uma maneira inexplicável. Talvez eu não seja uma redatora fantástica, nem uma escritora cheia de estilos e muito menos uma repórter de tv, mas sei que fiz a escolha certa. Se um dia eu não conseguir viver dos meus textos, de fazer jornalismo, viverei de estudar o jornalismo.

          Estudantes de Jornalismo possivelmente são loucos. Talvez eles possam ser comparados aos jornalistas super experientes, que amam a profissão como se ela fosse a melhor do mundo. Por que tem uns jornalistas por aí, de meia idade, renegando as origens, frustrados com os baixos salários ou por qualquer motivo. Acabam falando mal da profissão, ou virando assessores de imprensa. Sem preconceitos. Para esse pessoal, eu na posição de foca que estou, sugiro, voltem no tempo, lembrem-se do prazer de ouvir a história de alguém, ou do "poder" que temos de ajudar as pessoas. O que os moveu quando leram a primeira pauta, o que sentiram quando viram o nome de vocês assinando uma matéria publicada, sua voz em uma sonora, ou sua imagem na tv? Lembram? Era bom né! Então, porque agora está ruim? Foi o jornalismo que mudou, ou você que se deixou levar pelas mudanças, parou de criar, se rendeu a pirâmide invertida e aos 140 caracteres.

        Toda pessoa que julga o jornalista um ser acima do bem e do mal, ou narcisista, está um pouco certa. Note o prazer e prestigio que alguém exala ao responder “sou jornalista”. Garcia Marquez tem toda razão “Jornalismo é a melhor profissão do mundo”.

        Eu comecei o texto dizendo que não tinha assunto e acabei falando de jornalismo. Por quê? Sei lá!

  3. PS: LEIA O PREFÁCIO

    quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

    Desculpe se você é do tipo de pessoa que julga o livro pela capa. Essa crônica é exatamente sobre você, ou melhor, sobre o seu ato de preconceito literário. Cuidado, essa atividade pode se estender para sua vida real. Posso falar com propriedade sobre o assunto, pois já fiz parte desse gigante grupo de pessoas preconceituosas. Mas quebrei minhas barreiras, não sou mais assim. Não consigo entender como uma pessoa pode julgar e, pior ainda, divulgar sua opinião a respeito de um livro analisando apenas capa. É lógico que determinadas capas não são muito atrativas, mas isso não impede de você perder (ou ganhar) 5 minutos da sua vida lendo aquele textinho (porque testículo é muito feio) que tem na parte de trás do livro, ou na parte de dentro da capa.

    Destaco que já presenciei cenas do tipo: “A, esse livro tem mó cara de ser ruim!”. Por quê? Coitado do livro, a culpa não é dele, se o pessoal de arte não soube escolher bem a capa. Ou cenas do tipo: “Nossa porque você comprou esse livro? Que nome estranho!”. Insisto que a pessoa leia o singelo prefácio na parte de trás do livro. “É, de repente não é ruim, depois você me empresta?”. Ai que está o problema e o que me irrita mais. Diz que o livro é ruim e depois pede emprestado!

    Tem outra coisa, existe aquela historinha do “gosto não se discute”. Que tal utiliza-la? Quando você achar que determinando livro não é bom, sem que você o tenha lido. Dialogue com a pessoa, troque ideias, não apenas classifique e faça com que a pessoa que está feliz por ter comprado aquele livro sinta-se mal, ou estranha.

    [CUIDADO] Para não julgar pessoas pela capa (cara) sem ao menos ler o prefácio (conversar). Isso pode trazer sérios prejuízos, literários e afetivos.