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  1. "Eu escrevo porque não sei fazer música."

    quinta-feira, 23 de junho de 2011

    Isso tudo porque eu tenho mais de vinte anos. Tem coisas que acontecem na vida que são traços mal dados de um enorme “por quê?”. (chovendo, bem propicio).  Não vou continuar a escrever esse texto, porque não quero falar de amor e isso será inevitável.  Para eu escrever um texto de amor é necessário que ele fique o mais subjetivo possível, que apenas eu o entenda. O que não seria o caso. Já que se eu escrevesse agora sobre amor seria uma catarse tão grande que não ficaria nada subjetivo. Seria um grande e clássico “amor é fogo que arde sem se vê”. Não muito obrigada. Camões não ajudará muito nesse momento.  Aliás, poucos ajudariam nesse momento. Talvez apenas um. Mas também não vem ao caso. 


    Se não vou continuar o sentimento inicial, o que vou escrever? Agora preciso terminar. Não posso desistir de todos os textos que começo. Esse tem que chegar ao final. Pelejarei por isso. Hoje estudando sobre jornalismo literário, ouvi uma entrevista onde o entrevistado afirmou que “literatura é mentira”. Isso no paralelo entre literatura e notícia. Se literatura é mentira, Machado de Assis mentia muito bem. Será que Bentinho no fundo não tinha ciúmes de Capitu? Afinal pra quem Machado estava mentindo? Para mim? Ou para ele mesmo? Quem sabe para Capitu? A enaltecendo tanto e no fundo era tudo mentira! 


    Literatura pode ser verdade. A verdade que eu quero. Não precisamente uma verdade ideal, mas a verdade que cabe ao sentimento posto entre o papel, a caneta e o coração. O coração sim. Tudo escrito de certa forma vem do coração. Até mesmo uma notícia de jornal, onde muitos até hoje continuam afirmando que é algo imparcial, tem que vir do coração. O homem é um ser racional, mas de que vale a “super razão” humana se não houver sentimentos avassaladores e falhos por detrás. Avassaladores e falhos. Parece que tudo se resume a isso. Afinal se fosse diferente e a razão tivesse mais valor que o coração nós seríamos apenas robôs, que seguem instruções e são totalmente compreendidos depois de uma chata leitura do manual. 


    Ainda no âmbito onde a literatura é mentira. Se for apenas a mentira literária é válido.

  2. Coisa de gente grande.

    terça-feira, 14 de junho de 2011

    Insônia criativa. Improvável. Não por ser insônia, mas sim criativa. Quando eu era criança tinha medo de dormir sozinha. Só conseguia dormir com a minha mãe ou com alguém. Por muitos anos foi apenas minha mãe e eu. Foi difícil aprender/conseguir dormir sozinha. Demorou bastante. As vezes eu pedia pra minha mãe dormir comigo. Eu dava um jeito de segurar na mão dela, ou encostar alguma parte do meu corpo no dela, para ter certeza que ela não iria embora quando eu pegasse no sono. No fundo eu sabia que não adiantava. Na manhã seguinte eu reclamava "Poxa Mãe você nem dormir comigo". Hoje olho por quarto e mais uma vez estou aprendendo a dormir sozinha. Não apenas dormir, mas a fazer todo o resto. É tão complicado quanto criança. A diferença é que minha mãe estava no quarto ao lado e agora tenho que esperar meses para poder correr e dormir ao lado dela. Mesmo assim agradeço por esperar apenas meses, poderia ser muito mais.

    (Êxodo 20:12)

  3. 427 motivos.

    segunda-feira, 6 de junho de 2011

    Ansiedade. Faço 427 milhões de planos antes que aconteça. E quando acontece é 427 bilhões de vezes diferente do planejado. Então o que adianta planejar, se vai ser diferente? Diferente não é sinônimo de ruim. Diferente é diferente e (ponto). Pode ser um diferente bom, ou um diferente ruim. Depende do planejado. Tenho feito planos, mesmo sem apreciar essa prática. Tenho “trauma” dos planos que resultaram em um diferente ruim. Mesmo assim tenho corrido o risco. Meus planos estão mais para sonhos. Sonhos sim, não por serem de difícil acesso, mas por serem apenas do meu conhecimento e de Deus. (São 23h13min, amanhã eu preciso acordar cedo e cismei que vou terminar de escrever esse texto, coisa estranha).

     

    Voltando aos meus planos/sonhos. A vida muda com tanta velocidade, que planejar torna-se arriscado. É difícil acompanhar o passo da vida. Hoje tenho 20 anos, moro em Natal, faço faculdade de comunicação social – jornalismo, moro sozinha, não tenho carteira de motorista, daqui a uns vinte dias estarei no Rio de Janeiro, toco violão pela misericórdia, acho que minha melhor amiga está ligeiramente desapontada comigo, tenho um sentimento insistente dentro de mim, não falo com minha mãe desde quarta feira passada, fui ao cinema hoje com meu pai, engordei 7% em um mês... Tudo que disse dia 06/06/2012 será diferente. Ta, tudo bem, nem tudo, mas quase tudo. Estarei eu pronta pra isso? O diferente parece sempre ser o mais difícil. Não quero que minha vida seja engessada. Sem mudanças. Eu gosto de mudanças. Mesmo tendo o risco do bom e ruim. Gosto de mudanças, sou ansiosa e faço planos. Péssima combinação.  Tenho mais de 427 trilhões de motivos para não gostar de mudar, para não ser ansiosa e muito menos fazer planos. Mas e dai? Se eu tiver apenas 1 motivo que valha a pena mudar, ficar ansiosa e fazer planos, o farei. 

     

    ( I Coríntios 13:10 )